No dia em que comemoramos seus sete meses, dois risquinhos desenharam o sorriso do meu filhote. Dois, logo de cara, como se anunciassem: um para a mamãe, outro para o papai. E agora, meu bebê tem dentinhos. Serrilhados. Separadinhos. Uma fofura!
Quando Arthur ri, os dentinhos se fazem arteiros, e dão a ele aquele ar sapeca, de quem quer abocanhar a vida, mas ainda está aprendendo: dois dentinhos embaixo e nenhum em cima. A vida que se prende por um lado e que escorrega por outro.
Quando Arthur chora, aquele choro sentido e magoado de quem quer colinho da mamãe, os dentinhos se entristecem, se fazem solitários, mesmo que estejam em dupla, mesmo que acompanhados por si mesmos. E estreitos feito olhinhos que choram, mostram para quem está aqui fora a boca escancarada do protesto: não quero ficar sozinho, quero colinho da mamãe, não gosto do que está acontecendo.
Mas talvez o mais importante que os dentinhos do meu filho me disseram (uma vez que sua alegria e sua tristeza eu já conheço e reconheço, mesmo sendo Arthur um banguela) é que chegou a hora de comer.
Não sei se li em algum canto (minhas leituras transversais sobre BLW), se alguém me contou, mas o fato é que encasquetei que Arthur ia exclusivo no peito até seis meses, pelo menos, e depois ainda mais um pouco enquanto não se sustentasse sozinho sentado e enquanto não tivesse dentinhos. Também incluí nos critérios para introdução de alimentos a mudança na consistência das fezes, que indicam mudança no aparelho digestivo do bebê.
Acho (de puro achismo mesmo) importante que o bebê atinja esses dois marcos de desenvolvimento que, a meu ver (não sou médica, não estou defendendo nenhuma tese de maneira consciente), indicam que ele está realmente pronto para ingerir alimentos sólidos.
Então, com os dois dentinhos do pequeno e com ele dominando o sentar-se sozinho, começamos a oferecer frutinhas.
O pediatra liberou as tradicionais: maçã, pêra, banana e mamão. Eu liberei essas e também manga e água de côco. Sei lá por que pensei que ele gostaria de manga, e foi certeiro: cuspiu o mamão, teve ânsias com banana, rejeitou maçã e pêra, mas se acabou na manga. A água de côco também foi aposta vencedora: bebeu 50ml de primeira, e agora já toma 100ml, deliciando-se.
Em breve introduziremos novas frutinhas, suquinhos e também alimentos salgados, mas posso dizer, com meus 32 dentes bem sorridentes (sim, eu tenho todos os sisos), que estou satisfeita de, mais uma vez, respeitar o ritmo e o gosto do meu filho.
Arthur, em resposta, me dá o sorriso banguela mais lindo do mundo!
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
7 meses
Onze horas de trabalho de parto, com direito a uma madrugada insone e famética, me trouxeram Arthur. Lindo. Chinezinho nada chinês. Meu pequeno grande, que me ajudou a provar para todos que me conhecem que minha bandeira em prol do parto natural não é utopia e muito menos assunto para meia dúzia de sortudas parideiras. Arthur chegou chegando, circular de cordão, grande para uma mãe mignon, choro forte e riso fácil. Lindo!
Sete meses de aleitamento praticamente exclusivo. Digo praticamente exclusivo porque estamos tentando introduzir alimentos sólidos, mas Arthur gosta demais do meu leitinho e não dá muita bola para frutinhas. Nem ligo. Ele tem seu tempo e eu vou respeitá-lo também nisso. E, confesso, dá até um orgulhinho besta pensar que meu leitinho, depois da árdua batalha pela amamentação, é a preferência absoluta do meu filho.
Enfim, sete meses por aqui: muitas alegrias, descobertas e aprendizagens contínuas. Também algum desespero, certas dores, bastante exaustão, é verdade, mas tudo se dissolve na alegria de tê-lo a meu lado.
Sete meses de Arthur é tipo sete meses de ser mais feliz do que jamais pensei ser.
Sete meses de aleitamento praticamente exclusivo. Digo praticamente exclusivo porque estamos tentando introduzir alimentos sólidos, mas Arthur gosta demais do meu leitinho e não dá muita bola para frutinhas. Nem ligo. Ele tem seu tempo e eu vou respeitá-lo também nisso. E, confesso, dá até um orgulhinho besta pensar que meu leitinho, depois da árdua batalha pela amamentação, é a preferência absoluta do meu filho.
Enfim, sete meses por aqui: muitas alegrias, descobertas e aprendizagens contínuas. Também algum desespero, certas dores, bastante exaustão, é verdade, mas tudo se dissolve na alegria de tê-lo a meu lado.
Sete meses de Arthur é tipo sete meses de ser mais feliz do que jamais pensei ser.
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