segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Dois dentinhos e a introdução alimentar

No dia em que comemoramos seus sete meses, dois risquinhos desenharam o sorriso do meu filhote. Dois, logo de cara, como se anunciassem: um para a mamãe, outro para o papai. E agora, meu bebê tem dentinhos. Serrilhados. Separadinhos. Uma fofura!
Quando Arthur ri, os dentinhos se fazem arteiros, e dão a ele aquele ar sapeca, de quem quer abocanhar a vida, mas ainda está aprendendo: dois dentinhos embaixo e nenhum em cima. A vida que se prende por um lado e que escorrega por outro.
Quando Arthur chora, aquele choro sentido e magoado de quem quer colinho da mamãe, os dentinhos se entristecem, se fazem solitários, mesmo que estejam em dupla, mesmo que acompanhados por si mesmos. E estreitos feito olhinhos que choram, mostram para quem está aqui fora a boca escancarada do protesto: não quero ficar sozinho, quero colinho da mamãe, não gosto do que está acontecendo.
Mas talvez o mais importante que os dentinhos do meu filho me disseram (uma vez que sua alegria e sua tristeza eu já conheço e reconheço, mesmo sendo Arthur um banguela) é que chegou a hora de comer.
Não sei se li em algum canto (minhas leituras transversais sobre BLW), se alguém me contou, mas o fato é que encasquetei que Arthur ia exclusivo no peito até seis meses, pelo menos, e depois ainda mais um pouco enquanto não se sustentasse sozinho sentado e enquanto não tivesse dentinhos. Também incluí nos critérios para introdução de alimentos a mudança na consistência das fezes, que indicam mudança no aparelho digestivo do bebê.
Acho (de puro achismo mesmo) importante que o bebê atinja esses dois marcos de desenvolvimento que, a meu ver (não sou médica, não estou defendendo nenhuma tese de maneira consciente), indicam que ele está realmente pronto para ingerir alimentos sólidos.
Então, com os dois dentinhos do pequeno e com ele dominando o sentar-se sozinho, começamos a oferecer frutinhas.
O pediatra liberou as tradicionais: maçã, pêra, banana e mamão. Eu liberei essas e também manga e água de côco. Sei lá por que pensei que ele gostaria de manga, e foi certeiro: cuspiu o mamão, teve ânsias com banana, rejeitou maçã e pêra, mas se acabou na manga. A água de côco também foi aposta vencedora: bebeu 50ml de primeira, e agora já toma 100ml, deliciando-se.
Em breve introduziremos novas frutinhas, suquinhos e também alimentos salgados, mas posso dizer, com meus 32 dentes bem sorridentes (sim, eu tenho todos os sisos), que estou satisfeita de, mais uma vez, respeitar o ritmo e o gosto do meu filho.
Arthur, em resposta, me dá o sorriso banguela mais lindo do mundo!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

7 meses

Onze horas de trabalho de parto, com direito a uma madrugada insone e famética, me trouxeram Arthur. Lindo. Chinezinho nada chinês. Meu pequeno grande, que me ajudou a provar para todos que me conhecem que minha bandeira em prol do parto natural não é utopia e muito menos assunto para meia dúzia de sortudas parideiras. Arthur chegou chegando, circular de cordão, grande para uma mãe mignon, choro forte e riso fácil. Lindo!
Sete meses de aleitamento praticamente exclusivo. Digo praticamente exclusivo porque estamos tentando introduzir alimentos sólidos, mas Arthur gosta demais do meu leitinho e não dá muita bola para frutinhas. Nem ligo. Ele tem seu tempo e eu vou respeitá-lo também nisso. E, confesso, dá até um orgulhinho besta pensar que meu leitinho, depois da árdua batalha pela amamentação, é a preferência absoluta do meu filho.
Enfim, sete meses por aqui: muitas alegrias, descobertas e aprendizagens contínuas. Também algum desespero, certas dores, bastante exaustão, é verdade, mas tudo se dissolve na alegria de tê-lo a meu lado.
Sete meses de Arthur é tipo sete meses de ser mais feliz do que jamais pensei ser.