domingo, 16 de dezembro de 2018

Dez dias de vida nova

Hoje completamos dez dias de vida nova para todos da família: eu, mãe de dois, marido, pai de dois, Arthur irmão mais velho e Gael vivendo nesse mundão louco.
O coto umbilical do Gael caiu com 6 dias de vida (dia 11/12, portanto) e aqui eles mandam dar banho só depois que o coto cai. Demos banho hoje. Gael já tinha tomado uma esfregada no hospital, e hoje demos um banho caseiro. Ele detestou, chorou e brigou, mas depois ficou beeeem calminho e dormiu no colo do pai.
Hoje também tentamos dar uma volta aqui perto. Íamos tomar um café na esquina de casa porque está "calor" (5 graus Celsius). Agasalhei o pequeno, coloquei ele no ergo e fomos. Fomos até a esquina com Gael chorando e lá descobrimos que o café na tinha fechado. Eu voltei para casa e marido e Arthur seguiram até outro café mais adiante.
Nesses dez dias precisei reaprender um monte de coisas, porque já tinha esquecido desde o nascimento do Arthur, e também vi meu amor crescer vertiginosamente! Meu baby blues dessa vez foi quase inexistente, três dias de choro, cinco dias de ultra ansiedade e pronto. Também achei a transição geral mais suave. Com Arthur eu tomei um coice, caí no meio de um furacão e levei uns meses (um ano, talvez) para me levantar e lamber as feridas. Dessa vez, tomei a porrada do parto, mas saí caminhando depois de uns dias. Sei que é cedo ainda, muita água vai rolar debaixo dessa ponte, mas só de ter, até agora, conseguido dormir mais horas do que vinha dormindo no fim da gestação já é uma vitória sem tamanho.
Espero que o primeiro mês se feche leve e ocupado, como tem sido viver a 4 nos últimos dez dias.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Já deu ruim

É, pessoal, a zica da amamentação está de volta.
Começou tudo ok, dor, ferida, mas a consultora de amamentação do hospital e a enfermeira da ala da maternidade deram nota dez para a pega. Me animei e tal.
Cheguei em casa e consegui amamentar deitada, dormir com Gael no peito, estava um luxo só!
Aí, ontem (12/12), por volta de seis da tarde comecei a sentir uma puta dor de cabeça. Tomei remédio, vida que segue. A dor foi aumentando, foi ganhando como companheiras dor num quadrante do peito, dor pelo corpo como se um caminhão cegonha tivesse passado por cima de mim e ela, a estrela da noite, a febre de 38/38,5 graus.
Mastite de novo.
Agora são 4 da manhã e estou esperando a farmácia abrir para pegar o antibiótico. Na minha cidade maravilhosa não tem uma porcaria de farmácia 24h perto de mim.

Enfim, vamos que vamos, já que não tem outro jeito, né ?

domingo, 9 de dezembro de 2018

Nasceu!

E no dia 5/12, às 12h02, pari meu segundo filho, Gael.
Ele nasceu com incríveis 3,820kg e 54,5cm em um parto hospitalar natural intenso e bastante dolorido.
Já estamos em casa, passamos muito bem e estamos vivendo as alegrias e angústias do puerpério. Pelo menos dessa vez estou tendo menos problemas com a amamentação. Lá se vão três dias e até agora ainda tenho o mamilo completo, com duas feridas enormes, é verdade, mas o bebê ainda não arrancou nenhum pedaço.
Que tudo siga assim.
Aos poucos venho contar do parto e da interação entre irmãos. Por enquanto, porém, vou chorar, colocar compressa gelada nas peitas e babar nas minhas crias.

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Susto na reta final

Reta final que se preze precisa ter um sustinho, né?  Bom, o meu só poderia ter acontecido aqui, nesta terra gelada e longínqua do Norte.
Eu estava na minha milésima consulta pré Natal, porque, como vocês sabem, eu sou um elefante que sabe escrever, então minha segunda gestação, é óbvio, está durando mais que 40 semanas de novo. Bom, eu estava na consulta — que agora já acontece DUAS vezes na semana! — e comecei a me sentir mal. Eu tô com uma coisa super legal: hipoglicemia de rebote. É ótimo comer algo, o açúcar subir e logo depois despencar, deixando você miserável e hipoglicêmica. Delícia! Então, eu fiz um exame na clínica, e para o bebê colaborar precisei comer um chocolate. Glicose subiu, glicose desceu, e na hora de ir embora eu já estava zoada nível 5 da dança do créu. Pedi um carro pelo aplicativo e, quando entrei, o motorista que puxar papo, disse que tinha vindo de sei lá onde, que estava começando a pegar passageiros naquela hora. Eu vendo tudo rodar, pensando se precisaria ou não ligar para marido, não consegui interagir muito bem com o moço tão simpático. Nem com nada. Eu estava concentrada na minha mazela, usando a última energia do meu corpo para avaliar se eu desmaiaria, vomitaria ou apenas ficaria me sentindo à beira de um ataque até chegar em casa. Enchi a boca de bala (não façam isso em casa, crianças) porque pelo menos assim eu conseguiria subir meu açúcar até chegar em casa, e respirei fundo.
De repente, uma sensação morna começou a se espalhar pelo banco onde eu estava sentada. Meu deus! Minha bolsa estourou! Justo agora, comigo hipoglicêmica? No carro do homem?! Porra, Murphy, valeu, hein?!
Devagar, coloquei a mão no banco para avaliar o estrago e... Surpresa! Era só o aquecedor de bunda do carro! Como o rapaz tinha acabado de começar, quando eu entrei no carro o aquecedor ainda não estava ligado. Eu, zoada, não notei o frio. Aliás, não notei nada!
Respirei fundo outra vez e consegui chegar em casa. Bolsa intacta. E, pelo visto, eternamente grávida.