Hoje completamos dez dias de vida nova para todos da família: eu, mãe de dois, marido, pai de dois, Arthur irmão mais velho e Gael vivendo nesse mundão louco.
O coto umbilical do Gael caiu com 6 dias de vida (dia 11/12, portanto) e aqui eles mandam dar banho só depois que o coto cai. Demos banho hoje. Gael já tinha tomado uma esfregada no hospital, e hoje demos um banho caseiro. Ele detestou, chorou e brigou, mas depois ficou beeeem calminho e dormiu no colo do pai.
Hoje também tentamos dar uma volta aqui perto. Íamos tomar um café na esquina de casa porque está "calor" (5 graus Celsius). Agasalhei o pequeno, coloquei ele no ergo e fomos. Fomos até a esquina com Gael chorando e lá descobrimos que o café na tinha fechado. Eu voltei para casa e marido e Arthur seguiram até outro café mais adiante.
Nesses dez dias precisei reaprender um monte de coisas, porque já tinha esquecido desde o nascimento do Arthur, e também vi meu amor crescer vertiginosamente! Meu baby blues dessa vez foi quase inexistente, três dias de choro, cinco dias de ultra ansiedade e pronto. Também achei a transição geral mais suave. Com Arthur eu tomei um coice, caí no meio de um furacão e levei uns meses (um ano, talvez) para me levantar e lamber as feridas. Dessa vez, tomei a porrada do parto, mas saí caminhando depois de uns dias. Sei que é cedo ainda, muita água vai rolar debaixo dessa ponte, mas só de ter, até agora, conseguido dormir mais horas do que vinha dormindo no fim da gestação já é uma vitória sem tamanho.
Espero que o primeiro mês se feche leve e ocupado, como tem sido viver a 4 nos últimos dez dias.
domingo, 16 de dezembro de 2018
quinta-feira, 13 de dezembro de 2018
Já deu ruim
É, pessoal, a zica da amamentação está de volta.
Começou tudo ok, dor, ferida, mas a consultora de amamentação do hospital e a enfermeira da ala da maternidade deram nota dez para a pega. Me animei e tal.
Cheguei em casa e consegui amamentar deitada, dormir com Gael no peito, estava um luxo só!
Aí, ontem (12/12), por volta de seis da tarde comecei a sentir uma puta dor de cabeça. Tomei remédio, vida que segue. A dor foi aumentando, foi ganhando como companheiras dor num quadrante do peito, dor pelo corpo como se um caminhão cegonha tivesse passado por cima de mim e ela, a estrela da noite, a febre de 38/38,5 graus.
Mastite de novo.
Agora são 4 da manhã e estou esperando a farmácia abrir para pegar o antibiótico. Na minha cidade maravilhosa não tem uma porcaria de farmácia 24h perto de mim.
Enfim, vamos que vamos, já que não tem outro jeito, né ?
Começou tudo ok, dor, ferida, mas a consultora de amamentação do hospital e a enfermeira da ala da maternidade deram nota dez para a pega. Me animei e tal.
Cheguei em casa e consegui amamentar deitada, dormir com Gael no peito, estava um luxo só!
Aí, ontem (12/12), por volta de seis da tarde comecei a sentir uma puta dor de cabeça. Tomei remédio, vida que segue. A dor foi aumentando, foi ganhando como companheiras dor num quadrante do peito, dor pelo corpo como se um caminhão cegonha tivesse passado por cima de mim e ela, a estrela da noite, a febre de 38/38,5 graus.
Mastite de novo.
Agora são 4 da manhã e estou esperando a farmácia abrir para pegar o antibiótico. Na minha cidade maravilhosa não tem uma porcaria de farmácia 24h perto de mim.
Enfim, vamos que vamos, já que não tem outro jeito, né ?
domingo, 9 de dezembro de 2018
Nasceu!
E no dia 5/12, às 12h02, pari meu segundo filho, Gael.
Ele nasceu com incríveis 3,820kg e 54,5cm em um parto hospitalar natural intenso e bastante dolorido.
Já estamos em casa, passamos muito bem e estamos vivendo as alegrias e angústias do puerpério. Pelo menos dessa vez estou tendo menos problemas com a amamentação. Lá se vão três dias e até agora ainda tenho o mamilo completo, com duas feridas enormes, é verdade, mas o bebê ainda não arrancou nenhum pedaço.
Que tudo siga assim.
Aos poucos venho contar do parto e da interação entre irmãos. Por enquanto, porém, vou chorar, colocar compressa gelada nas peitas e babar nas minhas crias.
Ele nasceu com incríveis 3,820kg e 54,5cm em um parto hospitalar natural intenso e bastante dolorido.
Já estamos em casa, passamos muito bem e estamos vivendo as alegrias e angústias do puerpério. Pelo menos dessa vez estou tendo menos problemas com a amamentação. Lá se vão três dias e até agora ainda tenho o mamilo completo, com duas feridas enormes, é verdade, mas o bebê ainda não arrancou nenhum pedaço.
Que tudo siga assim.
Aos poucos venho contar do parto e da interação entre irmãos. Por enquanto, porém, vou chorar, colocar compressa gelada nas peitas e babar nas minhas crias.
terça-feira, 4 de dezembro de 2018
Susto na reta final
Reta final que se preze precisa ter um sustinho, né? Bom, o meu só poderia ter acontecido aqui, nesta terra gelada e longínqua do Norte.
Eu estava na minha milésima consulta pré Natal, porque, como vocês sabem, eu sou um elefante que sabe escrever, então minha segunda gestação, é óbvio, está durando mais que 40 semanas de novo. Bom, eu estava na consulta — que agora já acontece DUAS vezes na semana! — e comecei a me sentir mal. Eu tô com uma coisa super legal: hipoglicemia de rebote. É ótimo comer algo, o açúcar subir e logo depois despencar, deixando você miserável e hipoglicêmica. Delícia! Então, eu fiz um exame na clínica, e para o bebê colaborar precisei comer um chocolate. Glicose subiu, glicose desceu, e na hora de ir embora eu já estava zoada nível 5 da dança do créu. Pedi um carro pelo aplicativo e, quando entrei, o motorista que puxar papo, disse que tinha vindo de sei lá onde, que estava começando a pegar passageiros naquela hora. Eu vendo tudo rodar, pensando se precisaria ou não ligar para marido, não consegui interagir muito bem com o moço tão simpático. Nem com nada. Eu estava concentrada na minha mazela, usando a última energia do meu corpo para avaliar se eu desmaiaria, vomitaria ou apenas ficaria me sentindo à beira de um ataque até chegar em casa. Enchi a boca de bala (não façam isso em casa, crianças) porque pelo menos assim eu conseguiria subir meu açúcar até chegar em casa, e respirei fundo.
De repente, uma sensação morna começou a se espalhar pelo banco onde eu estava sentada. Meu deus! Minha bolsa estourou! Justo agora, comigo hipoglicêmica? No carro do homem?! Porra, Murphy, valeu, hein?!
Devagar, coloquei a mão no banco para avaliar o estrago e... Surpresa! Era só o aquecedor de bunda do carro! Como o rapaz tinha acabado de começar, quando eu entrei no carro o aquecedor ainda não estava ligado. Eu, zoada, não notei o frio. Aliás, não notei nada!
Respirei fundo outra vez e consegui chegar em casa. Bolsa intacta. E, pelo visto, eternamente grávida.
Eu estava na minha milésima consulta pré Natal, porque, como vocês sabem, eu sou um elefante que sabe escrever, então minha segunda gestação, é óbvio, está durando mais que 40 semanas de novo. Bom, eu estava na consulta — que agora já acontece DUAS vezes na semana! — e comecei a me sentir mal. Eu tô com uma coisa super legal: hipoglicemia de rebote. É ótimo comer algo, o açúcar subir e logo depois despencar, deixando você miserável e hipoglicêmica. Delícia! Então, eu fiz um exame na clínica, e para o bebê colaborar precisei comer um chocolate. Glicose subiu, glicose desceu, e na hora de ir embora eu já estava zoada nível 5 da dança do créu. Pedi um carro pelo aplicativo e, quando entrei, o motorista que puxar papo, disse que tinha vindo de sei lá onde, que estava começando a pegar passageiros naquela hora. Eu vendo tudo rodar, pensando se precisaria ou não ligar para marido, não consegui interagir muito bem com o moço tão simpático. Nem com nada. Eu estava concentrada na minha mazela, usando a última energia do meu corpo para avaliar se eu desmaiaria, vomitaria ou apenas ficaria me sentindo à beira de um ataque até chegar em casa. Enchi a boca de bala (não façam isso em casa, crianças) porque pelo menos assim eu conseguiria subir meu açúcar até chegar em casa, e respirei fundo.
De repente, uma sensação morna começou a se espalhar pelo banco onde eu estava sentada. Meu deus! Minha bolsa estourou! Justo agora, comigo hipoglicêmica? No carro do homem?! Porra, Murphy, valeu, hein?!
Devagar, coloquei a mão no banco para avaliar o estrago e... Surpresa! Era só o aquecedor de bunda do carro! Como o rapaz tinha acabado de começar, quando eu entrei no carro o aquecedor ainda não estava ligado. Eu, zoada, não notei o frio. Aliás, não notei nada!
Respirei fundo outra vez e consegui chegar em casa. Bolsa intacta. E, pelo visto, eternamente grávida.
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