segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Eu vou dedicar este post àquela primeira garota sentada ali na fila (para ler ouvindo Raul Seixas)

Gentes, voltei.
E fiquei esse tempo todo de convalescência delirando de febre pensando em vários assuntos bacanas. Mentira. Fiquei foi sofrendo sozinha, abandonada porque marido estava viajando, e pirando nas canções non sense de que eu costumo gostar.
Então, aviso: este post vai ser longo. Quer pegar um cafezinho?
...
E vai meio free style. Quer pegar algo que te ajude a transcender a barreira da lógica?
...
Não gosto de generalizar, mas aqui vou arriscar: todas as mulheres que decidem engravidar esperam (torcem, sonham, supõem) conseguir de primeira, ou, quando muito, em pouquíssimos meses. Daí, a gente, que tem ovários policísticos diagnosticados há trocentos anos, embarca nessa esperança delirante e... PIMBA! Claro que se frustra quando descobre que a concepção pode demorar um pouquinho mais ou, no meu caso, precisar ser induzida.
Não é o fim do mundo, eu sei. Muito menos um decreto de infertilidade. Mas dá aquele medinho de quando a gente está prestes a realizar um sonho enorme, imenso. Para algumas pessoas isso é o casamento com pompa e circunstância. Para mim é (e sempre foi) a questão da maternidade.
Tenho e tive muitas expectativas sobre gravidez, parto, nascimento, amamentação e maternagem. Eu sei, raciocinando como manda o figurino, que não devo esperar muitas coisas porque quanto mais completo é o planejamento maiores são as chances de decepção, afinal a vida é cheia de reviravoltas e não podemos controlar tudo, e blá, blá, blá. Juro que vou ninar meus filhos com essa ladainha (ou tentar educá-los assim, sei lá). Mas o que seria desse mundão cheio de psicólogos se não fossem as neuroses, não é mesmo? E mais ainda: o que seria dos lacanianos, junguianos, freudianos e kleinianos se não houvesse a linda, famosa e infalível neurose materna? Nada.
Assim, para manter o emprego de tão importantes profissionais, vou dar asas à minha loucurinha. Mas para vocês não pirarem comigo (ou me fazerem pirar indo bundear em outros portos, me abandonando), vou dividir tudo, achar o MDC da minha vida (ah, vai: toca Raul!), e colocar vocês para sofrer em pedacinhos (por favor não quebrem minha coleção do Pink Floyd).
Ou seja: vou fazer vários posts, tá? Bem maluquinhos. Bem cheios de frases à la Raul, o Seixas. Me amem? Me dão a mão? Deixem a luz acesa?

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