quarta-feira, 5 de setembro de 2018

17 semanas

A ideia era fazer um diário detalhado, contando tintim por tintim desta que será minha última gestação.
Mas aí eu passei 3 semanas e pouco de cama, naquele inferno nauseabundo que já descrevi, com direito a segunda consulta com muita emoção.
(Fui levar Arthur na escola e marido encontraria comigo lá, para irmos ao médico juntos. Entreguei a criança e me sentei no banco da recepção. Dali, me rastejei até o banco do parquinho. E de lá não queria sair, porque sabia que não aguentaria mais nenhum esforço. Não me lembro muito bem como cheguei ao uber, nem como consegui entrar na clínica. Uma vez lá dentro, marido foi cuidar da burocracia e eu fiquei deitada nos bancos da recepção, todo mundo me olhando. Quando a assistente de enfermagem me chamou, logo perguntou "você está bem?", ao que respondi "não, acho que vou desmaiar". Fiquei deitada a consulta toda, comendo micro pedacinhos de biscoito de água e sal. Só no fim consegui ficar de pé para me pesar! A médica me passou mais dois remédios além do que já havia prescrito e marcou a consulta de retorno para dali a duas semanas, em vez de quatro.)
Depois que consegui sair da cama, continuei miseravelmente enjoada por muito tempo. E tomando um arsenal de remédios, passava o dia exausta, dormindo, sem conseguir trabalhar. Com isso, tudo meu atrasou. Com isso, minha vida entrou numa loucura sem fim, com marido sobrecarregado no trabalho, em casa e numa casinha de sapê. E eu miserável. E eu sobrevivendo. E eu querendo pedir divórcio todas as manhãs, por causa do cheiro insuportável de café que marido insiste em tomar.
Com isso, se passaram várias semanas e eu não tive tempo ou energia para registrar as coisinhas todas. E cá estou, já com 17 semanas, sentindo chutinhos sobretudo na parte de baixo da barriga (bebê parece que gosta muito do lado direito. Arthur passou a gravidez toda com as costas para o lado esquerdo, mas não me lembro onde eu sentia os chutinhos no começo.), ainda enjoando muuuuuuuito, com uns peitos gigantes, pesados, quentes, já produzindo colostro, com uma barriga inegavelmente grávida e com muitas micro espinhas na cara (todo dia ou a cada 2 dias aparece uma nova).
Já comecei a passar cremes na pança, embora sem muita esperança de milagres (porque por aqui, só milagre mesmo) e ainda não pensei em absolutamente nada do enxoval!
Devo entrar na hidroginástica em breve (se tudo der certo) e no dia 11/7 descubro o sexo do ser que me habita. Já temos quase certo o nome de menina, mas o de menino está uma luta! Queríamos Bernardo, mas na gringa não vai funcionar muito bem. Ainda temos algumas semanas para decidir, então o desespero não é tão grande.
Arthur ainda está curtindo a gravidez, mas acho que agora a coisa tá ganhando forma (no caso, redonda: minha barriga) e ele está vendo que ter um irmão ou uma irmã tem um lado meio chato (por enquanto sou eu, sempre enjoada, cansada, com dores ao caminhar, sem poder correr ou fazer brincadeiras muito brutas). Por isso, às vezes ele parece não estar muito animado, não. A gente vai levando, explicando, mostrando as coisas boas, preparando o que dá para preparar, porque a verdade é que vai ser tudo novo e um tanto imprevisível, já que não conhecemos ainda este bebezinho e vamos precisar de um tempo para nos adaptarmos a ele.
Eu acho que é outro menino e sonho direto com bebês do sexo masculino, mas tem horas que tenho a sensação de que é uma menina.
As diferenças dessa gravidez para a outra não são tão gritantes assim: tive MUITO mais enjoo, minha pele ficou pior e sofri no começo com um intestino preguiçoso, mas fora isso, não tenho notado grandes diferenças, não. Já comecei a sentir as faltas de ar que senti com Arthur e isso é bem desagradável. Elas parecem mais suaves, mas as minhas memórias mais intensas (dois apagões que tive e uma falta de ar que fez a professora de um curso que eu assistia perguntar se eu precisava ir para o hospital no meio da aula) foram mais para a frente, tipo perto das 30 semanas. Vamos ver.
Essa semana troquei de equipe médica porque achei que essa não me atenderia do jeito que eu quero: sem intervenções desnecessárias, mas cuidando de perto das minhas queixas ou demandas. Tomara que a próxima equipe seja boa (eu ainda não fui lá, mas peguei muitas boas referências e estou esperançosa). O bebê nasce aqui, quando estiver pronto ou pronta e vai chegar numa casa mutcho loca, mas cheia de amor. <3

(post escrito em junho, calma que a gente acerta o passo com a gravidez!)

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