No meio do trânsito caótico da cidade, um POFT bem alto no silêncio. Uma frutinha alaranjada se espatifou contra o vidro do carro em que estávamos, marido e eu (e Arthur). Parecia uma pitomba, mas sem a casca dura. Do tamanho de uma ameixa. Frutinha, caída do pé ou jogada por alguém. Não demos bola e seguimos viagem depois de tentarmos, com o limpador de para-brisas e sem sucesso, nos livrar da dita cuja.
Viajamos, pois, com o raio da bolota alaranjada e semi-espatifada no capô.
Eis, então, que em outro engarrafamento, poucos quilômetros adiante, paramos o carro e vem vindo um transeunte. De camisa de clube de futebol, calça jeans, ziguezagueando entre os carros engarrafados, ele passa diante de nós, palmeia a frutinha e a joga no lixo mais próximo. E não olha para trás.
Foi assim que uma frutinha e um rapaz bem-intecionado (ou com TOC) alegrou nosso dia engarrafado.
Meu filho, pode vir que o mundo é bão!
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