sábado, 31 de agosto de 2013

Arthur, superdotado

Sei que toda mãe acha seu filho o máximo e que quando vem uma dizer que o filho é superdotado logo é vista com a desconfiança de quem exagera. Mas eu juro que, da minha parte, não se trata de distorção da realidade, apenas realidade pura, simples e brutal.
Duvida? Acompanhe então.

Ele acorda e se espreguiça. Fofura máxima, e só isso mesmo para evitar meu tradicional mau humor matutino. Espreguiçadas e sorrisos.
Salta da cama, dispara até a sala, come, brinca, verifica os brinquedos e os espalha pela casa. Agora está na fase de pisar em cima para ver o que acontece: textura, formato, grau de atrito com o chão. Tudo e testado com o pezinho gostoso e cheio de dobrinhas.
Ele pula e dança, sobe e desce de móveis, caixas, camas, degraus e carrinho. Ele usa os dedos em pinça, e quando não consegue pegar os grãos de feijão (ele detesta papinhas e só aceita sólidos realmente sólidos) com a mão, o coloca sobre a mesa e faz feito cachorro: pega com a boca. Ele corre agora. Catorze meses, vejam só! E corre. E dança, pula, sobe, desce, ri, se esconde, se espreguiça, abaixa, levanta, mãos para o alto, abre e fecha potes, gavetas e tampas, pega objetos e os empilha, guarda, espalha.
Ufa!
Come, dorme, troca fralda (às vezes com choro e protesto, às vezes feliz e entretido), toma banho, sobe, desce, se abaixa, se levanta, sobe na cama, pega os brinquedos, pede para ir na rua, para ver a vista da janela, para comer as uvas, as passas, o biscoito de coelhinho (integral e orgânico, gente, quase não bate a culpa pelo açúcar). Luta para escovar os dentes, para colocar roupa, ajuda a se despir, quase entra sozinho na banheira, mexe, espia, testa, pisa, toca, lambe. Outro dia lambeu o vidro da sala de brinquedos do prédio, e também já tentou lamber o vidro do ponto de ônibus e o metal das cadeiras do metrô. Não deixo. Aliás, porque não deixo, as mesas estão quase vazias, as tomadas todas tapadas, a porta do banheiro sempre fechada e os armários da cozinha sem produtos químicos. Ele é rápido.
Ele pula, boxa, rema, atua, ri, brinca e dança. Ele, minha gente, é superdotado de energia, e estou penando para correr no seu ritmo e não me deixar engolfar pelo cansaço. Sorte minha que pela manhã ele ri. E se espreguiça, então pula da cama e vai pegar os brinquedos na sala...

Um comentário:

  1. Que lindo seu post...Minha filhinha de 1 ano e 3 meses tem o mesmo ritmo. Beijos

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