sábado, 1 de fevereiro de 2014

Ode ao café

Arábico das mil e uma noites insones
Foste renegado por mim por anos
Mas agora trinca meus dentes
Num sorriso preciso porque vivo

Vivo com sono
Caindo pelos cantos
Cantos de ninar, cantos de embalar
Cantos de acocorar e brincar

Vivo, o grão amargo mais doce que existe
Ressoa dentro de mim
Num bailado artificialmente natural
Cheio de energia e um pouco de polca

Não polco, pois brasileira sou
Mas cafeíno-me,
Pois mãe e trabalhadora,
Estou sempre cansada.

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