quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Blogagem coletiva Mamatraca - Nascimento do Intimidade: vida selvagem

Fiquei aqui matutando como começar o post da blogagem coletiva para o Mamatraca. Porque, né?, os começos das coisas não são os começos das coisas. Por exemplo, se a gnete vai contar a história da nossa gravidez, geralmente começamos com a expectativa para engravidar, ou o contexto em que descobrimos a gestação (se pegas de surpresa), e é muito raro que a gente comece as narrativas com “estou grávida e este é um blog sobre minha gestação”. Pá!
Não, não. Geralmente fazemos um preâmbulo, contextualizamos, usamos a velha conhecida fórmula do “era uma vez...”.
E aí, pensei em como é curioso que o assunto do dia da blogagem coletiva seja a morte do Wando. É o ciclo completo: nascimentos e mortes, e no meio disso tudo a perpetuação da espécie e dos clichês (amo clichês e breguices!). E concluí disso tudo duas coisas: 1) Wando, calcinha, gravidez, nascimento, morte... tudo isso têm relação. 2) Ando cada vez mais viajando na batatinha, e espero imensamente que meu bebê faça bom uso dos neurônios que deve estar roubando da mãe, porque só um sequestro neuronial pode explicar essas associações sem pé nem cabeça que tenho feito cada vez mais amiúde.
Mas voltando à blogagem coletiva e ao nascimento deste blog, comecei no mundo internético-blogueiro em priscas eras. Lá se ia 2001 quando fiz meu primeiro blog. Literário, com frases soltas sobre meus sentimentos de canceriana saindo da adolescência. Hoje, relendo os arquivos, nem acho tudo tão ruim, e cheguei a fazer relativo sucesso, com visitas e comentários fartos, os amiguinhos da faculdade liam, os amiguinhos virtuais também, e eu ficava bastante satisfeita de ter meu público fiel.
Entretanto, eu sempre fui a maluca da maternidade (não esse tipo de maluca, mas ainda assim maluca) e já sonhava com filhos quando mal saíra da adolescência. E ter internet (discada) em casa ajudou a estimular minha curiosidade sobre o tema nascimentos e bebês. Um dia, fazendo buscas aleatórias (ah, que beleza ter tempo livre, não é mesmo, minha gente?!), caí em um blog coletivo sobre maternidade. Ali, cada pessoa postava foto dos filhotes e contava um pouquinhos sobre seu nascimento – e postava, é claro, um link para seu diário pessoal. E lá fui eu, lendo relatos de parto e conhecendo um pouco mais sobre essa blogosfera materna.
Entrei em listas de discussão, conheci mais gente, mais ideias, mais blogs, mais formas de nascer e educar, fui lendo, lendo, lendo... até que casei. Confesso que tentei fazer um diário sobre os preparativos para o meu casamento, e escrevi três posts furrecas sobre tudo o que eu estava vivendo, mas casar nunca foi o meu grande sonho. Nunca liguei ou idealizei a festa, a cerimônia, o vestido. Na verdade, até conhecer meu marido, nem queria casar de verdade. Então o projeto foi esquecido, o casamento passou e aquela vontade de resgatar a satisfação de escrever para alguém ainda estava por ali, dentro de mim. Foi quando, em plena lua de mel, fruindo a alegria da adaptação ao fuso-horário (#not), decidi que criaria um novo blog. Dessa vez, ele seria sobre mim, mas com um recorte mais bebezístico, porque eu queria engravidar (e como queria! Desde 2001, lembram?).
Em plena lua de mel, portanto, bolei esse nome estapafúrdio – inspirada pelo safári que faria dali a alguns dias – e comecei os trabalhos. Confesso que sofro muito com o blog, porque leio tanta gente bacana, porque torço por tantas mamães e tentantes, porque não o alimento e não comento com a regularidade de que gostaria. Porém, por outro lado, fico muito contente de me sentir parte de algo que já há tantos anos faz parte da minha vida, e que me permite ser, na vida real, uma pessoa um pouco menos monotemática – afinal, além de conhecer novas ideias e maneiras de lidar com as coisas da vida, também tenho um cantinho onde posso falar sobre gravidez, nascimentos, bebês e tudo o mais ligado ao universo materno.
E o Wando nisso tudo?
Ah, gente, nessa vida selvagem que é nossa intimidade sempre temos espaço para breguices e arrebatamentos apaixonados. Vai negar?

5 comentários:

  1. Ti lindo nascimento!!!
    Tô aqui pensando em começar um post sobre o nascimento do água com açúcar... mas ainda não sai do pensamento...
    Ai minina, mas é um mundo selvagem mesmo, essa tal intimidade.
    Dá até pro Wando musicar sobre isso. Sobre a intimidade e o quão selvagem ela pode ser, ou é.
    Ah... agora ele não musica mais.
    Que pena.
    Só conheço aquela "Você é Luz"... não tem nem mais como pedir pra ele: "Canta outra!" porque acho que ele nem tinha outra. Tinha?
    Bem, agora ele não canta a outra mesmo. Um dó.
    Não tenho bebê na barriga, mas tem algo que subtrai meus neurônios também!
    Bjones!

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  2. Ah, blá, é claro! Não tenho que blogar coletivamente por conta do mamatraca, afinal não sou mãe ainda!
    hahaha
    Esses neurônios!

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  3. Adorei o post, tentei comentar no anterior, mas deu pau. Por falar nisso, parabéns pelo meninão que está a caminho!
    Beijo!

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  4. Muito bom seu relato!!
    bjos

    www.petitninos.com

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  5. Leila, vou responder a você por e-mail, viu?
    bjs

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