sábado, 25 de junho de 2011

A falta que ela me faz

Minha melhor amiga mora longe. Muito longe. Tão longe que a distância não se mede mais em quilômetros, mas em milhas, essa medida desconhecida e misteriosa, e em anos - o tempo que ela fica longe do meu abraço.
Então, neste mês de maio, minha melhor amiga veio me ver casar (ela, é claro, foi madrinha). E no mês de junho ela veio me visitar novamente, para me ver comemorar um aniversário, o primeiro que passamos juntas desde que nos conhecemos. É que sempre moramos longe uma da outra. Apesar disso, todas as vezes em que nos reencontramos, parece que foi ontem que nos despedimos. Deve ser por isso que eu me permito ter novamente catorze anos, e rir até doer a barriga, e pular de alegria quando a vejo, e ser ridícula porque a amo.
Sei que deveria me sentir muito feliz por ter uma pessoa tão especial quanto ela na minha vida, e assim me sinto na maioria do tempo, mas quando vem chegando a hora da despedida, não consigo deixar de pensar que eu gostaria muitíssimo de tê-la comigo sempre, todos os dias, porque os momentos especiais às vezes são programados, como um casamento, mas muitas vezes acontecem numa distração, no descuido que a rotina tem ao ser engolfada, ela mesma, num tédio sem-fim. Sei que minha melhor amiga estará aqui quando eu precisar. Sei que ela estará presente mesmo quando distante. Mas é que me dói deixá-la levar a menina que eu fui. Daí, eu me lembro que estarei guardando a menina que ela foi, e, por isso, todas as vezes em que nos encontrarmos, estaremos felizes em nossa meninice, e então estou mais uma vez contente por tê-la.

Um comentário:

  1. Oi Ártemis,

    Acho que não é só a data do casamento que temos em comum não... rsss

    Minha grande amiga também mora longe e ler esse post me emocionou. Parece até que foi escrito por mim.

    Bom, tudo isso pra dizer que tô na área! Vou aparecer mais por aqui. Beijão e obrigada pela visita.

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