Fechamos um ciclo. Mais um. Os primeiros foram três: os trimestres da gestação. Depois veio o ciclo do trabalho de parto, que começou antes do dia do parto, com o aninhar e preparar a casa para seu novo habitante. Então veio o parto, com força, doloroso, intenso, arrebatador, inesquecível. E nasceu. Ou melhor, nascemos. Três: pai, mãe e filho. Ok, quatro: pai, mãe, filho e cachorro, que também precisou se adaptar àquele serzinho que chorava e roubava a atenção dos humanos da casa.
O primeiro mês foi uma loucura! Me entreguei por completo à tarefa de conhecer meu filhote. Sofri todas as dores da amamentação, do baby blues e a palavra de ordem, certamente, foi superação. Superar o medo que dá de não conseguir dar conta, de não conseguir viver novamente. Superar limites e estabelecer outros que precisam ser bem claros: do meu filho, cuido EU! Minha cria, meu filhote, meu.
O segundo mês foi um sufoco! Rotina do bebê estabelecida, era preciso entender meu novo lugar no mundo, criar uma nova rotina para mim, para o pai, para o cachorro. E sufoco foi ainda amamentar com dor, com sangue, com lágrimas, com intensidade. A palavra de ordem foi adaptação. Porque as coisas começaram a se estabelecer e não havia mais tanta necessidade de se matar um leão por dia, de se provar que seria possível.
O terceiro mês, então, fecha mais um ciclo. Dizem que é o fim da gestação propriamente dita, e que a partir de agora tenho um bebê, não mais um recém-nascido. Com isso, digo que foi tão bom viver essa loucura dos primeiros meses e ir conhecendo aos pouquinhos esse serzinho tão perfeitinho, lindo e cativante que é meu filho, que, com certeza absoluta, o mês se expressa bem na palavra fascinação. Arthur se desenvolve e me surpreende cada vez mais, com o tanto de amor que desperta em mim (e com o tanto de tralha que já acumula: cadeirinha de carro/bebê conforto, carrinho, balancinho, brinquedinhos, banheira, berço, roupinhas... e ele tem apenas 60 cm!!!). Ainda bem que ele veio, do jeitinho que é, do jeitinho que chegou e como tudo, cada segundo se desenrolou, porque assim eu pude me descobrir a mãe que hoje sou. Longe de ser perfeita, mas certamente querendo ser melhor, cada vez mais, para poder saber mostrar a meu filho como trilhar seu caminho com segurança, respeito ao próximo e a si mesmo, leveza de espírito, fé, saúde e determinação.
Espero que nos próximos ciclos que eu, marido e filhote fecharemos tudo corra bem e que consigamos crescer no amor, na alegria, na paz e também, porque faz parte da vida, nas adversidades que aparecerem.
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