quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Ninguém me contou

Sabem, antes de engravidar e já grávida eu li uma penca de coisas sobre parto e puerpério, no entanto algumas coisinhas me pegaram desprevinida porque nunca são mencionadas ou lembradas (ou eu que passei batido por essas informações). Daí que eu fiquei bobinha com isso aqui, ó:

Seu umbigo não volta ao lugar tão cedo - Arthur vai perto da madura idade de 3 meses e meu umbigo ainda parece um celeiro, onde eu poderia estocar comida caso houvesse uma guerra ou uma grande estiagem no Rio de Janeiro.

Sua barriga faz bronzeamento artificial
- a única explicação que posso dar para esse tom romã em minha pança é que ela ganha vida própria enquanto eu durmo, levanta e vai fazer um brozeamento artificial. Eu, pálida, estou com uma barriga (flácida) morena. Ah, e a linha negra continua aqui, firme e forte.

Você vai sentir muita sede, ok. Mas também vai ter uma fome infindável - só penso em comida. Até cozinho, minha gente! Tudo o que faço é pensando no que posso ou quero comer. Comida, comida, comida.

Seus peitos vão doer no supermercado - você está felizona porque conseguiu sair de casa sem o piercing de mamilo (também conhecido como seu filho) e se encontra no mercadinho ou no supermercado perto de casa, meio descabelada e mal-ajambrada, mas toda prosa porque as pessoas olham para VOCÊ (mesmo que seja em reprovação ao seu look ou ar de cansada). Daí você pensa: "acabou a manteiga." Amiga, se você amamenta, não compre laticínios, congelados, sorvetes ou produtos resfriados porque seus mamilos irão reagir ao frio e doerão pacas! Tenho dito.

Você pode até voltar ao seu manequim de antes de engravidar, mas não voltará tão cedo às suas roupas - lembram da calça que eu comprei já grávida, na promoção? Eu entro nela desde 20 dias depois do parto. Mas como o Brasil não é país que aceita muito bem o topless, ela está aposentada no guarda-roupa, pois preciso de roupas brestfeeding friendly. Ou seja, transpassados, botões na frente, alcinhas facilmente removíveis: tudo que eu, outrora portadora de seios pequenos e adepta de poucos decotes e de nada de camisa social, não tenho. Então você, amiga gestante, que ainda não tem barriga, saia agora da frente do computador e vá escolher uns modelitos que lhe permitam amamentar. Ou sofra, como eu, da síndrome do armário da Mônica (se bem que com a fome que sinto, tô mais para Magali, né?) e sua roupa sempre igual, não importa a situação social.

Depile-se, se grávida; chore, se peluda e parida
- se você está na reta final da gravidez, mesmo que com 43 semanas, tampão saindo e contrações de 5 em 5 minutos, DEPILE-SE! Sabe quando você vai conseguir ir ao salão novamente? Bom, se souber quando, me avise, por favor.

Não posso, mas quero taaaanto - sabe aquela máxima de que tudo que é proibido é mais gostoso? Pois é... Não bebo, mas olho com água na boca para os vinhos, licores e cervejas que mantemos em casa. Hoje, tomei sorvete de café da manhã (com calda de caramelo e farofa de amendoim!!!).

Você vai sofrer de crise de labirintite se não se policiar - porque você VAI balançar um bebê imaginário (mesmo a muitos metros de distância de seu rebento) sempre que estiver parada e VAI embalar o carrinho de supermercado e segurar com muito cuidado (apoiando "cabecinha e coluninha") o saco de arroz Tio João. Seu marido também sofrerá deste mal.

Estoque desodorante - nunca se sabe quando você conseguirá tomar banho e um bom desodorante ajuda a manter uma semi-dignidade.

Sua pele ficará estranha - bom, a minha, pelo menos, ficou. Uma textura diferente, uma cor diferente, sei lá. Vou até no dermatologista em breve.

Você vai desenvolver bipolaridade - ou seja, vai acordar de madrugada, naquele mau-humor dos infernos, cuspindo marimbondos, xingando a quinta geração do fabricante da fralda que vazou, mas sorrirá e se derreterá, num claro ataque de bipolaridade, assim que seu filho sorrir para você (mas é bem provável que você retome sua ira mortal contra a humanidade quando o vizinho bater a porta do elevador no meio da madrugada, quando o bebê acabou de pegar no sono).

E vocês, o que viveram no pós-parto que ninguém contou?

5 comentários:

  1. Ninguem me contou que eu desenvolveria um sentimento assassino por todas as visitas que insistem em pegar meu filho, chacoalhar, morder, nao ir embora logo. Serio, odeio visita, porque na hora H, na madrugada boladona, na hora da vacina, da golfada, do peito doendo: as visitas somem, fica eu e Deus. Tanto lugar legal pra ir passear, tem que vir justo na minha casa?

    Ah e os conselhos... da leite de vaca, de texugo, de marmota, bota pra dormir no escuro, no claro, deixa sem dormir, corta os cabelos dele, ele quer arrotar, ele ta com fome, ele ta vesgo, precisa botar esse menino no sol, liga o radio o dia inteiro na cabeca dele pra acostumar com o barulho (oi?)... Mas na hora do vamos ver adivinha? Vai com a mamae. Assim ta facil, ne?

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  2. Ainda bem que tenho amigas que me alertam para o que virá! JESUSSSSSSS nos ajude! Bjos

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  3. Kkkkk morri de rir com o sorvete no café da manha....

    As vezes eu faço isso e nem estou gravida...

    E sou uma tentante doida, eu acho, tenho uma blusa bem larguinha que quase nao uso, mas guardo porque "quando eu ficar gravida, ela vai ficar linda" rsrsrs

    Bjus

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  4. Eu achei que no pós parto fosse ficar careca porque meus cabelos caíam muito e eu não sabia que isso podia acontecer. Depois do segundo parto então, afe... Eram tufos de cabelo rodando pela casa! E a cor da pele da barriga realmente ficou mais moreninha e achei que aquela linha perto do umbigo não fosse sumir. Mas sumiu. Não me lembro quando, mas tô sem ela! rsrsrs

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