segunda-feira, 1 de abril de 2013

Filosofando

(Na verdade, roubando ideias do marido.)

Eu tenho um medo. Na verdade, tenho vários, mas um deles é bem grandão, e recebe o nome de fobia. Emetofobia. Trata-se do pânico irracional que tenho de vomitar (o que inclui, é claro, ver alguém vomitando).
Marido, por sua vez, detesta (e tem ânsias de vômito) com cocôs: do filhote ou do cachorro. Então, aqui em casa, temos um pacto: cocôs são meus, vômitos são dele. Eu sei que me dou mal na conta final, pois Arthur fará muito mais cocôs nessa vida do que vomitará, mas estou muito satisfeita com a divisão de tarefas, marido também, então seguimos assim, felizes.

Sexta-feira. Arthur está dormindo. Eu, a seu lado, vejo que ele vai acordar, pois se remexe para lá e para cá, vira-se de bruços, torna a ficar de barriga para cima. Ao se sentar e chorar, faço o que toda mãe faria: tomo-o em meus braços. E o que ele faz, minha gente?
Vomita. Com ânsia e tudo! Três vezes: na cama, em mim e no chão. E digo mais: essa foi a segunda vomitada do dia! A primeira foi na cozinha, depois de provar (e detestar, é claro) caqui.
Claro que fiquei desesperada, tanto pelo vômito (será que ele está bem? o que será que o fez vomitar?) quanto pelo fato de estar toda vomitada (eca!). Mas venci a fobia e consegui dar conforto a meu filho e nem dei chilique, como costumo fazer.

Sábado. É hora do banho. Arthur não anda muito bem, pois pegou uma virose e anda meio estranho por causa dos remédios, ou da virose, não sei. O fato é que o banho, decidimos, vai ser de banheira, bem quentinho e relaxante, nada de sabonete, pois ele já tomou banho hoje e o objetivo desse é só relaxar para ter um bom soninho. Marido entra com ele na banheira e fica ali, curtindo umas brincadeiras bacanérrimas, relaxando o menino, até que... Arthur faz um supercocozão! Marido, corajosamente, levanta-se, sai da banheira, dá banho de chuveiro no menino (agora, é claro, com todo o sabonete do mundo!) e comemoramos a superação de todos os limites em um único fim de semana: eu toda vomitada e marido todo cocozado.

Então, depois de nos autocongratularmos e parabenizarmos um ao outro, chegamos à conclusão de que ter um filho é um grande tiro que sai pela culatra, pois a decisão mais egoísta que você toma se transforma em puro altruísmo.

3 comentários:

  1. Nada como um filho para mudar suas crenças né!!

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  2. A maternidade faz cada uma com a gente... O meu pânico é com injeção. E as vacinas todas??? Lá estou eu (eu e mais alguém, sempre, pq tenho medo de surtar e deixar as filhas na mão...). Mas eu estou lá, firme e forte (forte??? menos...). bjo!

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  3. Coisas que só a maternidade faz... o meu pânico é de baratas e altura.. será que o Lucas vai brincar com uma barata no último degrau de uma escada?? Que Deus não permita!! kkkk

    Beeijo e Parabéns!!

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