segunda-feira, 22 de abril de 2013

O renascimento do parto

A prima de uma amiga está grávida. Reta final. Daí veio avisar toda prosa: não passa do dia 25. Como ela sabe? Como o médico que a acompanha sabe? O bebê vai se transformar em um gremlin se continuar no útero dela, mesmo dando sinais de que está bem e saudável? 
Há longos anos, no Brasil, os valores do nascimento vêm sendo invertidos, e o que deveria ser um momento lindo, maravilhoso e fundamental passa a ser um perigo, um descaso, uma dor e algo regido pelo dinheiro.
Se você, como eu, sonha que mais e mais mulheres possam ter um parto ativo, saudável, respeitoso, fisiológico e repleto de amor, então lute comigo! 
Você pode, como eu, encher o saco de todos que conhece com dados, estatísticas, causos e indicações de pesquisas científicas, pode escolher uma equipe porreta e parir seu filho sem intervenções no dia da marcha pela humanização dos nascimentos, pode ficar conhecida como "a maluca do parto natural" aonde quer que vá (hoje no trabalho, quando eu estava no almoço, surgiu o tema "parto" e TODAS as pessoas da empresa vieram falar comigo depois: ih, Fulana estava falando de parto hoje!). Mas se você não pode ou não quer se envolver nesse nível, porém acha a causa justa e bacana, existem outras maneiras de ajudar, claro. Até o dia 18 de junho, por exemplo, basta clicar neste link e fazer sua doação e/ou ajudar a divulgar a causa! Conscientizar as pessoas de que existem outras formas de nascer abre horizontes e traz para a mulher mais liberdade. Mudar a maneira de nascer é, de certo modo, mudar uma sociedade. E, parafraseando Michel Odent, que humanidade será essa, que nasce na violência obstétrica, na cesária mal indicada, nas artificialidades desnecessárias? É preciso mudar a forma de nascer para se mudar a forma de viver.


PS: Eu já doei. Quero ver todo mundo nos cinemas tentando adivinhar meu nome real quando passarem os créditos, hein!

2 comentários:

  1. acho que descobri seu nome real, hihihi...

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  2. Putz, não era Ártemis? achava tão descolado! hahahhahahahahahhahaha
    Nem me fale, por enquanto, as poucas pessoas que sabem que quero um parto sem anestesia (é, porque ainda não choquei o mundo dizendo que penso num PD e na pior das hipóteses num parto na água), me chamam de extremista, de louca, radical. Dou de ombros! haha
    Bjossss
    Carol

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