José nasceu pequenino. Pequenino, cabendo na palma da mão de seu pai, que tomou um susto com a bolsa arrebentando no meio da madrugada, muito tempo antes que fosse a "hora certa". Mas para José parecia a hora certa. E mesmo prematuro, com baixo peso, franzino, pele finíssima e algumas dificuldades de adaptação José parecia feliz com aquele amor: pai e mãe torcendo e lutando por sua saúde, vibrando com cada pequena conquista.
No entanto, apesar de todo amor e dedicação, houve um problema sério. Mais um susto, o pequeno José precisando de muitos cuidados, e a mãe, que se doou integralmente, não conseguiu ordenhar por um dia. E nem no outro. E o leite minguou.
Essa história é fictícia. Mas tenho certeza de que, assim como o pequenino José e seus pais inventados, muitos bebês prematuros e suas famílias enfrentam o drama das dificuldades de amamentação, o que, para alguém tão frágil e tão leve, é realmente um desafio que precisa ser vencido.
Assim, se você, como eu, vê sobrar leite, em qualquer quantidade, que tal se tornar uma doadora de leite?
No Rio de Janeiro, e acredito que em muuuuitas outras cidades do Brasil, o processo é simples, rápido e eficaz: você se cadastra como doadora, informa se vai precisar de potinhos de armazenamento (e quantos serão necessários), é avisada do dia da coleta da sua rota (quem faz o recolhimento dos potinhos com leite são os bombeiros) e pronto! Simples, rápido, indolor e um gesto de muito amor, que salva vidas e ajuda que pequenas esperanças se tornem grandes sonhos realizados.
Para saber mais sobre amamentação de prematuros, visite o IBC (não ligue para os deslizes no português, o que vale é a informação!).
Para saber mais sobre como doar leite para os bancos de leite humano, visite o site do IFF. Você também pode se informar através do 0800-026-88-77.
Hoje, por conta de sua recente greve de LM na creche, eu e Arthur doamos 1.560 ml!
Artemis, muito legal essa possibilidade, quando o bebê nascer, se sobrar leite, doarei com certeza.
ResponderExcluirBeijocas
Muito legal a iniciativa!
ResponderExcluirAqui em Curitiba temos o Banco de Leite do Hospital de Clínicas e o do Hospital Evangélico, eles também instruem as mães com dificuldades na amamentação.
Doei durante quase 5 meses, só parei porque voltei a trabalhar. Acho lindo doar, seja sangue, seja leite, fazer o bem não tem preço!
Oi Ártemis, sempre leio e nunca comento, mas hoje em especial seu Post me tocou!! Tenho um " José" que nasceu prematuro, ficou na UTI e sei na pele, nos nervos e nos seios toda a dificuldade em amamentar um prematuro. Infelizmente na minha cidade não há banco de leite, nem maternidade. Na cidade onde ele nasceu tem um ótimo hospital, mas sem suporte nenhum para o aleitamento materno,uma pena, eu chorava por não conseguir retirar mais de 5 ml a cada 3 horas (inclusive nas madrugadas)enquanto outras mães jogavam, sim jogavam 100, 200 ml de leite excedente a cada ordenha.Mas não desistimos, já em casa, eu tomando 3 medicações,fizemos a relactação e seguimos felizes com meus "fartos"20 ml de cada seio até 1 ano e 5 meses, que foi quando ele desistiu de mamar!Eu sei que só o meu leite nunca o nutriria, e sei que o LA no nosso caso foi nescessário, mas já que era pra tomar LA que fosse então sugando dos meus seios e assim foi e foi maravilhoso. Hoje sei que existem casos como o meu onde mesmo com tudo que a medicina dispôe não há a descida do leite ou há muito pouca, mas mesmo assim nesses casos a relactação é a salvação das mães que desejam amamentar! É isso e que vc continue tendo muitos e muitos litros de leitinho materno, pra que outros bebezinhos possam ser nutridos com amor!! Bjussss, té!
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