sexta-feira, 10 de maio de 2013

Feliz dia das mães

Certeza. Se eu pudesse pedir uma única coisa de presente para o dia das mães (e quiçá para aniversários, natais e outras efemérides consumistas), eu pediria para ter certeza!
Certeza de que a roupinha que coloquei na mochila da creche vai ser boa para aquele dia e ele não vai sentir frio ou calor, certeza de que ele mamou o suficiente, de que eu entendi o que ele quer e o atendi direitinho (e ele, portanto, não sente qualquer desconforto físico ou emocional), certeza de que ele está crescendo e se desenvolvendo. Queria certeza de que estou atendendo às demandas que meu filho tem, certeza de que vou ter dinheiro para  sustentar um padrão de vida confortável para todos da família, certeza de que estou criando uma pessoa segura e confiante porque muito amada e compreendida. Se eu pudesse escolher qualquer coisa no mundo todo, queria ter certeza de que minhas escolhas estão no caminho certo, de que meu filho vai ter saúde para todos os planos e sonhos que tenho para ele, certeza de que eu vou ter saúde para acompanhá-lo em seus momentos mais importantes, certeza de que ele vai viver, e viver uma vida boa, feliz e longeva.
Mas eu ganhei uma bolsa.
E diante desse fato tão prosaico, e já que uma bolsa não me dá muitas certezas (talvez apenas a de que posso carregar com mais facilidades minhas tranqueiras), precisei pensar minhas certezas, e vi que, se eu pensar direito, bem direitinho mesmo, não queria ganhar nada de dia das mães porque eu não preciso de nada: não preciso de menos tempo com meu filho, não preciso de descanso já que escolhi parir e criar Arthur, não preciso de um tempo para mim porque mu filho me falta quando longe, não preciso de nada material, não preciso de café na cama, de mimos, de emblemas da maternidade, não preciso de nada, afinal. Nem da tal certeza, porque Arthur, com seu corpinho morno, seus olhos ternos, seu sorriso contagiante, sua vida pulsante me dá a única certeza que basta e me faz ir adiante: a certeza de que sou toda amor para ele.

Feliz dia das mães!

Este post foi inspirado nos dois vídeos bem batutas sobre presentes no dia das mães (os melhores e os piores) Minha Mãe que Disse e também na enquete de uma amiga, que queria saber o que eu pediria de dia das mães se não houvesse qualquer tipo de restrição (financeira, logística, realística - tipo dormir 12h seguidas, coisa que, suspeito, meu corpo nem sabe mais como fazer).

6 comentários:

  1. Uau, que post lindo! Mas que mãe tem certeza de alguma coisa, a não ser do amor que sente pelo filho?
    Beijos, Paty

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  2. Palavras belíssimas, como sempre! Amei!
    E nossa, estou aqui, grávida de pouquíssimas semanas, e já queria ter algumas certezas, acho que é coisa de mãe mesmo, né?! haha

    Feliz Dia das Mães!!

    Beijo beijo!

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Nossa... e eu que nem sou mãe ainda pude ver cada cena, cada gesto que você escreveu e choro como se meu filho estivesse aqui comigo e estivesse lendo o seu texto como preçe. Lindo!

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  5. Ah Ártemis, que bom seria poder ter certeza das coisas, disse tudo, esse seria o melhor presente para uma mãe!
    Feliz dia das mães atrasado!
    Bjuss

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