Não sabe quem dorme oito horas ininterruptas. Não sabe quem não mede a febre nos dias de vacina com a preocupação de quem tateia a própria vida. Não sabe quem dorme fora despreocupado, quem trabalha acima de qualquer coisa, quem não repete a mesmíssima palavra, ordem ou pedido à exaustão. Não sabe quem ainda é só barriga, quem cuidou dos cinco sobrinhos de irmã ou irmão vivos e participativos, não faz ideia quem fez bilu-bilu na cria dos amigos.
Quem pariu, quem operou, quem gestou e cultivou a vidinha tão rica, delicada e tenaz que traz nos braços, na pele, na alma, na lama, só essa pessoa sabe por que raios eu quero, mesmo com todo o trabalho de Sísifo da maternidade, não passar por esta vida - que até onde eu saiba é única - sem ver ainda mais, muito mais amor vingar, vencer, nascer e desabrochar.
Só as mães são felizes, em suas ignorância e sublimação intencionalmente involuntárias.
Que post mais lindo - como sempre - hein dona Ártemis!!
ResponderExcluirTô doida pra sentir na pele o que é tudo isso aí! Julho tá logo ali, né?! <3
Beijo grande!!
"Padecer no paraíso" traduz minha vida com rn!!!
ResponderExcluirAdorei seu post!
E escreveria mais, se estivesse com a outra mão livre, já que ele não sai desse colinho. rs
Beijao
Puxa!!!Que lindo!!! Adorei...
ResponderExcluire vc tem toda razão não sabe...bjos