É uma das frases que eu mais ouço. E eu nem sei por quê. Minhas olheiras deveriam bastar. Mas não bastam, e eu respondo pelo menos uma vez por dia: é, ele é sempre assim.
Um bólido, um dínamo, um ás, um foguete. Zuuuuuuum. Corre, pula, rola, grita, quer tudo agora, quer tudo rápido. Zuuuuuuuuuum. Já foi, não pode tirar o olho um segundo, caiu, levantou, tá lá de novo, já passou.
Ele é sempre assim?
Sempre. Mas não vai ser assim para sempre.
Vai crescer. Vai parar de correr, vai parar de rolar, vai se interessar por outras energias, outras maneiras de explorar o mundo. Pode ser que continue indômito. Pode ser que se transforme. Podem ser tantas coisas, que agora eu prefiro ficar com ele, do jeitinho que ele está, sem tirar nem pôr esses quatro anos que vêm chegando a passos largos: no rosto, no corpo, no cérebro. Quatro anos e ainda cabe no meu colo, embora pareça, cada vez mais, transbordar do meu coração.
Essa necessidade que o povo tem de padronizar as crianças.
ResponderExcluirDeixa ele ser sempre assim porque o sempre passa rápido.
Por aqui diziam "nossa, ela é esperta né", "nossa, que energia!"
ResponderExcluirMas passa, vão crescendo e vai dando uma saudade da sapequice toda.