Compramos presente, colocamos roupa bonita, até passei perfume!
Tudo estava correndo dentro dos conformes de normalidade social: nada de bolo na cara do amiguinho, nada de arremesso de argila no teto (sim, era um ateliê de peças de cerâmica e a brincadeira era colocar as crianças para fazer uma tigela). Tudo tranquilo, tudo favorável.
Claro que meu filho era o único a correr por ali. Óbvio que ele foi o único que preferiu esculpir um dinossauro de argila a fazer o que o dono do ateliê nos instruiu a fazer. É evidente que ele começou a cantar BEM ALTO o parabéns porque queria comer logo o bolo. Mas, sinceramente, nada assombroso ou altamente vexatório. Vida que segue e ainda bem que a festa só dura uma hora e meia.
Bom, depois do lanche e do parabéns, estando todas as crianças devidamente munidas de tédio + cornetas e chapéus comemorativos + bastante açúcar no sangue, começou uma pequena algazarra. Não havia correria e nem gritos histéricos, mas "calmas" não era uma definição boa para aquelas crianças.
Arthur, então, resolveu ir interagir com a aniversariante. Eles se davam surpreendentemente bem (surpreendente porque a menina não é muito citada aqui em casa quando pergunto como foi a escola). Eles têm o mesmo nível de energia e potencial de fazer bobagens. Estava lindo.
Foi quando eu vi.
Eu me levantei do banquinho, calça toda suja de barro em seus diversos estados (a saber: sólido, semisólido, líquido e poeira), tentando chegar antes que Arthur começasse a interagir com a MÃE da aniversariante. Acontece que os traquinas estavam todos fartos e zanzavam, os pais ao encalço para evitarem tragédias com as peças delicadas, e, então, não consegui nada além de assistir de longe a interação.
A moça foi chegando perto do Arthur, falando:
- Noooooossa, mas que olhos bonitos que você...
FUÉÉÉÉÉÉÉM
Arthur deu-lhe uma cornetada na fuça. A moça ganhou distância e tentou mais uma vez elogiar o meu rebento munido de corneta, mas desistiu a tempo e eu só cheguei, pateticamente, para falar:
- Filhinho, espaço pessoal, lembra?
Voltei para casa com a sensação de ter saído de uma rave, mas acho que entre mortos e feridos, salvaram-se todos.
uma comédia seu filho =D
ResponderExcluirjá estava visualizando sua calça com 50 tons de poeira!
bjss
Não dá pra interagir com criança em fim de festa.
ResponderExcluirNão rola...
Conheci seu blog por meio da minha amiga confeiteira aí de cima e estou adorando. Vi que está me acompanhando, yey! Vou te acompanhar também. Bjs!
ResponderExcluirE aliás achei incrível que você mantém o blog com bastante regularidade desde 2011. Eu já tive um outro blog, quando morei fora, mas logo foi abandonado por mim, até eu criar esse para falar sobre a experiência de tentar engravidar, bastante tempo depois de ter começado a tentar. E olha, há muitos momentos em que eu gostaria de ter escrito, e acabei não escrevendo. Por isso te parabenizo! Quem ama escrever não pode deixar de escrever, nunca! Bjs!
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