Estávamos dentro do vestiário do clube quando escutei o primeiro tim-tim-tim. Achei que fosse coisa da minha cabeça, achei que fossem as crianças lá fora brincando de bater em alguma coisa de metal, achei que fosse maquinário do elevador, achei que fosse qualquer coisa, essa é a verdade. Mas aí o barulho se repetiu: tim-tim-tim. E veio junto o som inconfundível para uma carioca feito eu: TUM-TUM-TUM.
Arthur olhou para mim assustado, dedinho em riste perto da orelha, como quem diz "tá ouvindo, mamãe?". Se era alucinação, então era coletiva, se é que se pode chamar de coletividade uma dupla.
Nos vestimos apressadamente, guardamos os pertences na bolsa. Seguimos o som, que crescia conforme subíamos os degraus: TUM-TUM-TUM tim-tim TUM-TUM.
Samba.
Com surdos, tamborins e caixas. Compasso ternário único, cadenciado.
Entrei na sala do ensaio e fiz a única coisa que poderia fazer naquele momento. Ou seja, saquei um pandeiro da bolsa e fiquei ali, assistindo.
Juro.
Samba, aqui. E eu tinha um pandeirinho na bolsa.
Coisas que só acontecem comigo.
rsrsrss
ResponderExcluirque legal!!!
E muito louco vc com um pandeiro na bolsa...
pensando bem nem tão louco assim, levando em consideração que eu tenho um pinguim de brinquedo na minha (e o pior que anda comigo pra todo lugar deve fazer umas três semanas) rsrsrs
bjos
hahahahahahaa, que máximo!!!
ResponderExcluirSuas histórias são sempre as melhores <3
Muito boa! Hahahaha! Inacreditável. Se bem que bolsa de mãe sempre guarda objetos curiosos... Bjs, Paty
ResponderExcluirEu num me aguento contigo mesmo não. Cara! As coisas mais surreais, sempre. Adoooro!!! hahahaha
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