No fim de tarde de um dia de primavera, passeávamos em um jardim. Todo mundo com frio, mas feliz. Até que Arthur decide colocar em prática toda sua independência de toddler e desvia-se do caminho que percorríamos. Ele queria ir para o outro lado, pelo simples prazer de fazer diferente, de desafiar os pais.
Deixamos.
Ele ia para um lado e nós para o outro. Dando tchauzinho, lá ia meu pequeno, seguindo a distância um moço de ushanka marrom e sobretudo escuro. Nós, marido e eu, do outro lado.
De repente, Arthur percebeu que não iríamos atrás dele, como costumamos fazer. Claro. O parque era seguro, os caminhos se encontrariam obrigatoriamente mais à frente, não havia por que seguir ele. Então, filhote parou. Gritou "não". E veio correndo na nossa direção. Marido foi quem o encontrou no meio do trajeto entre lá e cá e o abraçou.
Então, abraçadinho ao pai, Arthur fala:
- Não quero ficar sem a minha família. Nunca, nunca, nunca quero ficar sozinho.
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