Pela rua outonal, conversávamos.
Arthur perguntou quem era o meu tio e, ali, no meio da rua, vi nascer o rizoma de uma árvore nova. A árvore dos Paulos. A árvore genealógica do meu filho.
- Meu tio, filho, é o Paulinho.
- O papai do meu papai?
- Não, filho. O papai do seu papai é seu avô. Ele também se chama Paulo, mas não é o meu tio. Meu tio é o Paulo, irmão da sua vovó.
- E o papai do meu papai?
- É Paulo, você tem razão. Mas é outro Paulo.
Fui explicar melhor. Tola, eu.
- Filho, assim como existem outros meninos chamados Arthur no mundo, existem muitas pessoas com nomes iguais. Tipo Paulo. Por exemplo, meu tio e seu avô se chamam Paulo. Assim como o meu avô e o avô do papai.
- O seu avô é o papai do meu papai?
- Não, meu amor. Eles se chamam Paulo, mas o meu avô não é o papai do papai. O papai do papai é o seu avô. E ele se chama Paulo, assim como o meu avô e o avô do papai.
- O avô do meu avô se chama Paulo?
- Não. Calma, vou explicar. O avô e o tio da mamãe se chamam Paulo. Que é o mesmo nome do avô, do pai e do irmão do seu papai.
- Ah, não, o irmão do meu papai não é Paulo, é Zé!
- É, filho, você tem razão. Mas é porque o nome dele é Paulo José, então a gente chama ele de Zé. Acontece que o nome dele é Paulo também.
- Paulo?
- É, meu querido, Paulo. Seu avô, o meu avô, o avô do papai, o tio da mamãe, o seu tio, todo mundo se chama Paulo e... ih, olha lá um esquilinho.
O esquilinho também estava muito espantado com aquela imensa árvore de Paulos.
Adorei, aqui em casa temos uma árvore de Paulos também kkk, tem até um paulo José. Blog muito legal. Beijos
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