segunda-feira, 26 de setembro de 2016

ConFUSOs

Já falei que estou meio perdida no fuso, né?
Mas ainda, Ártemis?
Ainda.
Sete horas são sete horas, minha gente. Sete horas significa que meu corpo quer almoçar quando deveria estar indo dormir. Que ele quer acordar quando eu deveria estar no parquinho, brincando com filhote. Que ele quer dormir quando eu deveria estar acordando. Nem vou comentar na disposição nível velocidade 5 da dança do créu que me domina por volta das meia-noite/uma da manhã, me fazendo escolher este lindo horário para malhar. Ó que beleza.
Tá todo mundo bem louco aqui. Quero dizer, nós, os adultos. Arthur já tirou de letra o fuso, a casa e não duvido nada que no fim da nossa curta estada aqui ele já esteja falando frases completas em holandês E francês.
Bom, mas eu tava falando que ando meio confusa, né? Pois vejam o nível do meu desespero: além de frequentar estabelecimentos comerciais aos quarenta e cinco do segundo tempo e me lascar de fazer abdominais uma da matina, eu também vou fazer xixi no corredor do prédio. Num dos primeiros dias, de madrugada, me arrastei para fora da cama a fim de fazer meu xixizinho noturno. Pé ante pé, devagar, saí do quarto, abri a porta e parei no meio do corredor do prédio. Desnorteada, cheguei a pensar "puxa, nem tinha reparado que tem escada no banheiro". Não era banheiro, não era, era cilada-cilada-cilada-cilada (é novinhx e não entendeu a referência? Clica aqui).
Também já fui a mala do zapzap, mandando mensagens animadas para a família, dando bom-dia, celebrando a vida e a alegria de viver às quatro da matina, horário de Brasília.
Vontade que dá é de andar com três relógios no pulso: um para cá, outro para o Brasil, mais um para Chicago.
Mas, nem só de almoço na hora de jantar e sono somente às seis da manhã vive esta que vos escreve! Não, não! Pensem só que maravilha é pegar o telefone às nove da noite, depois de jantar, depois de colocar criança para dormir, abrir uma cervejinha, se lembrar, beirando o desespero, que precisava ter ligado para o banco nos EUA para resolver uma coisa e... descobrir que ainda é horário comercial por lá?!
Para terminar, aviso que estou abrindo um bolão: quando conseguirei me adaptar, enfim, ao fuso e ir dormir entre dez e meia-noite?
Tô tensa. Tô sonolenta. Tô bem doida.

Um comentário:

  1. Eu preciso de 15 dias pra me acostumar com o horário de verão. Imagina 7 horas de fuso.

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