Assim como na
gravidez do Arthur, decidi, com base nas pesquisas que fiz e nas evidências
científicas, que faria a menor quantidade possível de ultrassonografias.
Logo no começo da
gravidez, na primeira consulta, a enfermeira obstétrica que me atendeu ficou na
dúvida se faríamos uma ultra ou não. Disse que preferia fazer somente se ela
achasse que havia uma necessidade clínica/médica para tal. Então, ela desistiu.
Na consulta
seguinte (ou na terceira, não me lembro bem porque era a fase dos enjoos
bizarros) fiz a ultra para ver se o bebê estava bem posicionado e para
confirmar a data estimada para as 40 semanas. A ultra não pôde ser filmada ou
fotografada, foi feita na cama de exames mesmo, com um aparelho de ultrassom
portátil e tinha uma definição sofrível. Durou pouco mais de um minuto e recebi
uma foto impressa de um amendoim (❤).
Depois dessa
ultra, iria fazer somente a morfológica, mas acabei fazendo uma “ultra de
emergência” (vamos chamar assim) porque a médica quase me infartou ao não
localizar o batimento cardíaco do feto. Então, ela trouxe o mesmo aparelho
portátil usado na primeira vez e levou exatos 5 segundos para localizar o
batimento fetal e dizer “tudo perfeito”, desligando a máquina a seguir. Se eu
tivesse piscado, teria perdido a imagem do feto.
Por volta das 18
semanas fui fazer a morfológica de segundo trimestre. Achei cedo, mas quem
designou esta data foram as médicas da clínica e da clínica de ultrassom, então
fui dançando conforme a música porque descobri que aqui nos EUA às vezes eles antecipam
esta ultra mesmo.
A morfológica foi
feita numa clínica em Chicago. Peguei o trem e chacoalhei ali dentro, enjoada e
incômoda, por 1h25 até chegar na rua do hospital onde faria o exame. Era um
hospital, mas na ala de exames e laboratórios. Fui informada de que crianças
menores de 13 anos não eram aceitas nas salas de exame, por isso precisei
deixar Arthur na cafeteria com minha mãe enquanto fazia a ultra. Como marido
estava viajando, fiz tudo sozinha.
De novo não pude
filmar ou tirar foto (perguntei e recebi um lindo “não”).
O exame começou
com cinco minutos de atraso e quem realizou o procedimento foi uma técnica. Ela
perguntou se eu queria saber o sexo e, mais uma vez, antes mesmo de ela avisar,
eu já vi que era outro menino. Ela mediu o que precisava medir, visualizamos
dedinhos, pés, coluna, perfil, órgãos... Ela explicou algumas coisas (bem
superficialmente, tipo “olha aqui o pezinho” ou “olha o perfil do seu bebê”) e
quando eu falei que minha família tem casos de polidactilia (seis dedos na
mão), ela voltou na mãozinha para contarmos juntas os cinco dedinhos. Mas ela
não foi narrando o exame e nem explicou muito o que estava medindo ou
verificando. Perguntei se estava tudo perfeito e ela disse que parecia que sim,
que o exame tinha terminado e que era para eu esperar a liberação do médico,
que assina o laudo.
Fiquei lá na sala
babando nas míseras quatro fotinhas que ela me deu de souvenir e aproveitei
para mandar mensagem para o marido, falando que era outro menino. (❤)
Nisso chegou o
médico na sala de exame. Ele falou “então, preciso rever umas coisas”. Quase
morri ali mesmo! Como assim? Deu ruim? Apareceu alguma coisa que não deveria
ter aparecido? Ou deram falta de algo? O médico explicou que não, que estava
tudo bem, mas que ele queria ter certeza de que a técnica não tinha deixado
passar nada, afinal ele estava assinando o laudo e tal. Mas quem disse que eu
fiquei tranquila com essa resposta?! Que mãe não pensaria bobagens nessas
circunstâncias?
Bom, quando ele
terminou, repetiu que era um bebê aparentemente saudável e dentro dos padrões
esperados. E reforçou apenas o que já sabia: que ele não poderia dar certeza de
ser um bebê 100% saudável e dentro dos padrões porque o ultrassom tem margem de
erro e que certeza absoluta mesmo a gente só tem quando o bebê nasce.
Desci para contar
a novidade do irmãozinho para Arthur, que ficou radiante, porque preferia,
claro, um menino, mas sempre com a pulguinha atrás da orelha. Essa pulguinha só
pulou de lá quando me consultei na clínica do pré-natal e confirmei com a
médica de que estava tudo dentro do esperado, sim, e que o fato de o médico
passar lá para repetir as medições era comum. A médica até comentou que eles
fazem isso para poder cobrar mais do plano de saúde, afinal a hora do médico
custa mais que a hora da técnica.
Agora estou com
26 semanas e não tenho nenhum ultrassom marcado. Na clínica nova até me
sugeriram de fazer, mas educamente recusei, e fui respeitada. Vamos ver como
vai ser daqui em diante. Com Arthur fiz 4 ultras: a primeira para ver se estava
tudo bem e datar a gravidez, a segunda foi a translucência nucal (que aqui foi
substituída pelo NIPT, exame de sangue que cumpre a mesma função da TN), a
terceira foi a morfológica do segundo tri e a última foi pertinho de parir,
porque tinha passado das 40 semanas e precisava monitorar a vitalidade para ter
certeza de que tudo estava caminhando conforme deveria.
Se alguém ainda me lê, quantas ultras você fez?
(post do fim de agosto. Ainda faltam algumas semanas para o fim da gravidez. Vai dar tempo!)
que delícia, outro baby boy!!! Eu tenho quase ctz q quando (e se) tiver outro baby, vai ser outro menino tb...
ResponderExcluireu fiz 6 ultras (uma de emergência, pq tive um pequeno sangramento)...sei de todos oc contras das ultras, mas eu amava ver ele crescendo kkkk queria até pedir mais, mas me contive! que maldade que ai nos States não deixam gravar...
parabéns pelo meninão!
Bjos
Obrigada! Estamos todos muito felizes com mais um menino!
Excluir=)
Sabia que eu fico mais ansiosa do que feliz quando faço ultra? Mas entendo quem super curte ver o bebë no monitor.. :)
Bjs e obrigada pelo carinho
Ih rapaz, eu fui diminuindo o número de ultra a cada gestaçao.
ResponderExcluirNa de Cecília foram 2, TN e morfológica só.
Parabéns pelo menino 2!!!
(Falta só setembro pra empatar)
Obrigada! Estamos muito, muito felizes com o menininho novo!
ExcluirVamos ver se dou um gás aqui nas postagens para empatar logo esse jogo.
bjs ;)