- A primeira e mais importante coisa é estar segura de sua decisão. E também que essa seja uma decisão conjunta da casa. Não adianta ser inconsistente (em uma semana não pode nada de TV, mas na outra pode) ou ter gente boicotando a ideia.
Acho que aqui em casa também ajuda bastante o fato de eu não considerar que a TV é um hobby ou bom passatempo. Eu prefiro fazer outras coisas, então meu filho não me vê assistindo à TV. E a gente já sabe que o que fazemos é mais importante do que o que falamos, certo?
- Outra coisa importante é conhecer a personalidade de sxx filhx e entender em qual fase do desenvolvimento cognitivo elx está. Isso vai ajudar a direcionar as energias e interesses, vai permitir que você identifique sinais de cansaço, estresse ou tédio, vai lhe dar mais ferramentas para conduzir e situação como uma pessoa adulta: tendo consciência do que se está fazendo e ajudando a criança a passar pela situação se sentindo amparada e protegida.
- Depois disso, sugiro fazer uma lista (pode ser no papel ou mesmo mental) de comportamentos que você tem observado e que pensa estarem ligados à TV. Isso é importante para que você possa comparar o antes e o depois, identificando possíveis distúrbios que possam estar surgindo e que não têm nada a ver com TV ou falta dela.
- Como cortar a TV? Aos poucos? De uma vez?
- Já que falamos em lista, vale reestruturar a rotina e segui-la ao máximo possível.
Aqui em casa, a rotina é: acorda, brinca, se arruma, vai para a escola, volta da escola, brinca, almoça, descansa (raramente dormimos, mas descansamos corpo e mente), sai para passear, brinca, toma banho, janta, lê livro e dorme. Às vezes mudamos uma coisinha ou outra, tipo banho depois do jantar, ou logo que chega da escola, mas o básico está bem estruturado, com horários mais ou menos certinhos.
- Crie opções e alternativas atraentes. Engaje sxx filhx na rotina da casa também.
Não adianta tirar a TV e deixar a criança entendiada a tarde toda. Tédio, na minha opinião, é importante e necessário. Mas não pode ficar tão grande que se transforme em outra fonte de estresse. Uma atividade que elx goste de fazer, brincadeiras diferentes e feitas a partir de brinquedos e/ou materiais diferentes dos que elx está acostumado, convites para que amiguinhos venham brincar em casa, pedir ajuda para cozinhar ou limpar a casa, dar pequenas tarefas e responsabilidades diárias, tudo isso ajuda a manter a cabeça e o corpo ocupados. Existem mil sites com sugestões de atividades, ligados à Dona Maria ou não, com materiais tão acessíveis quanto lixo (sucata) e que não demandam grandes habilidades artísticas e/ou manuais.
- Deixe bem claro para a criança que TV não é prêmio e sugiro não negociar bom comportamento com mais horas na frente da telinha. No meu caso, eu quero que meu pequeno entenda que TV é bacana, mas tem momento certo para ser assistida e que existem muitas outras coisas bacanas no mundo, que é grande e merece ser explorado.
Aqui em casa eu regulo bem reguladinho o que ele assiste. Dói no coração falar que ele não vai assistir ao desenho que todos os amiguinhos assistem? Dói. Mas se eu não acho que aquele desenho ou filme é próprio para a idade dele ou até mesmo para a personalidade dele, veto mesmo. Mais uma vez, a mensagem que quero passar é: tem outros desenhos e filmes que também são legais.
E vocês? Como lidam com a TV em casa? Têm estratégias ou regras para reduzir a exposição dos pequenos às telinhas? Vivem uma rotina também com isso?
Oi Ártemis!
ResponderExcluirEm casa, assistimos pouquíssima TV. Com o avanço da Netflix, eu achava uma ideia boa deixar as meninas assistirem um ou dois episódios de alguns seriados, especialmente porque não há comerciais. O problema é que é viciante, não apenas para as crianças mas para a gente também. E quando a gente vê, já está há duas ou três horas ali, hipnotizado... Como trabalho fora a semana toda, achei que era um desperdício ficarmos tão desconectados no pouco tempo que temos juntos... Resolvi propor outras atividades em vez de TV. Veja, eu não proíbo a TV, mas tento propor outras coisas em vez dela.
A realidade é que a TV traz uma certa comodidade aos pais, porque a criança fica ali quietinha e a gente pode ler um livro, fazer comida, arrumar a casa e etc.
Reparei que as meninas ficam mais chatas quando assistem muita TV, mais chorosas... Bia tem até mais dificuldade pra dormir.
Se elas pedem, eu não proíbo, eu limito. Deixo ver um pouco, por tempo limitado. Tento (na medida do possível) oferecer outras opções. Elas preferem jogar dominó, cartas, desenhar, pular corda (pular elástico! adoram!).
Às vezes comentam sobre alguma novela ou seriado que as amigas assistem, pedem pra ver, eu deixo e procuro ver junto. Já proibi e vi que vira uma coisa tão desejada que não vale a pena... Mas a verdade é que quanto menos a gente propõe a TV, menos as crianças pedem por isso. Propondo alternativas, especialmente aquelas em que podemos estar juntos, elas vão preferir.
Quando eram mais novas, acho que era mais fácil. Agora, elas vão argumentando mais e mais, mas até o momento estamos (acho) indo bem desta forma.
beijos!!!
Eu assisto mais TV do que gostaria. E geralmente em períodos tristes, como os do pós FIV negativa, escolho uma série que ajude a me distrair e fico só querendo saber do Netflix, faço dos personagens meus companheiros consoladores. Mas acho que você está muito certa: com criança, quanto menos TV, melhor. Sem julgar ninguém, claro. Bjs
ResponderExcluircriança é feita mesmo pra brincar, correr, aproveitar, enlouquecer as mamães =D
ResponderExcluiracho bem legal esse seu jeito de conduzir as coisas, principalmente com uma criança pequena e em um outro país!
Aqui em casa, quem reina na tv é a Netflix também! Canal mesmo só assisto NatGeo wild (sou dessas) e Globo News, que é o vício do marido!
Assistimos filmes também, mas em programação no geral me sinto uma alienada, principalmente naqueles almoços de família no domingo onde todos estão falando de algum programa q vc nem sabia que existia hahaha
bjss